Pediram-me para preencher os pontinhos: “Ser jornalista é ...”. Pus-me, então, a pensar:
Ser jornalista pode significar muita coisa, porém, nada tão especial quanto se possa supor, caso se deixe levar pela ilusão de quarto poder ou dos super-heróis. Embora, seja indiscutível, que ultrapasse a questão da posse do diploma de um curso de comunicação.
É ter uma curiosidade extra e certa necessidade de expressão, vontade de mostrar o “mundo” aos outros, ser lido/ouvido/visto e entendido e achar que isso vale mais do que dinheiro no bolso.
Gay Talese, um dos grandes nomes do (novo) jornalismo americano dizia que: “em sua maioria, os jornalistas são incansáveis voyeurs que vêem os defeitos do mundo, as imperfeições das pessoas e dos lugares. Uma cena sadia, que compõe boa parte da vida, ou a parte do planeta sem marcas de loucura não os atraem da mesma forma que tumultos e invasões. (...) A tristeza é o jogo, o espetáculo, sua paixão, a normalidade, sua nêmese”. Ainda assim, creio que é possível achar na normalidade algo além de um adversário. Aliás, é o que o próprio Talese nos mostra em seus livros. Então, diria que, ser jornalista é encontrar particularidades em algo comum e sentir prazer ao apresentá-las ao mundo.
No entanto, conversando com um amigo e revoltada com minha falta de objetividade (antes uma de minhas melhores características), tive um insight:
Ser jornalista é ser um eterno insatisfeito.
E assim, embora tenha enviado o e-mail apenas com a primeira resposta, posto aqui ambas, para que meus quase 5 leitores possam decidir qual acham melhor.
Ser jornalista pode significar muita coisa, porém, nada tão especial quanto se possa supor, caso se deixe levar pela ilusão de quarto poder ou dos super-heróis. Embora, seja indiscutível, que ultrapasse a questão da posse do diploma de um curso de comunicação.
É ter uma curiosidade extra e certa necessidade de expressão, vontade de mostrar o “mundo” aos outros, ser lido/ouvido/visto e entendido e achar que isso vale mais do que dinheiro no bolso.
Gay Talese, um dos grandes nomes do (novo) jornalismo americano dizia que: “em sua maioria, os jornalistas são incansáveis voyeurs que vêem os defeitos do mundo, as imperfeições das pessoas e dos lugares. Uma cena sadia, que compõe boa parte da vida, ou a parte do planeta sem marcas de loucura não os atraem da mesma forma que tumultos e invasões. (...) A tristeza é o jogo, o espetáculo, sua paixão, a normalidade, sua nêmese”. Ainda assim, creio que é possível achar na normalidade algo além de um adversário. Aliás, é o que o próprio Talese nos mostra em seus livros. Então, diria que, ser jornalista é encontrar particularidades em algo comum e sentir prazer ao apresentá-las ao mundo.
No entanto, conversando com um amigo e revoltada com minha falta de objetividade (antes uma de minhas melhores características), tive um insight:
Ser jornalista é ser um eterno insatisfeito.
E assim, embora tenha enviado o e-mail apenas com a primeira resposta, posto aqui ambas, para que meus quase 5 leitores possam decidir qual acham melhor.
Ilustração: Bebel Callage