“Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar”
Esta é apenas uma (das mais conhecidas) entre tantas outras preciosidades que existem por aí e que provam a sua coragem em demonstrar sentimentos. Destemor difícil (para não dizer impossível) de se encontrar na atualidade.
Hoje, todos têm tanto medo das síndromes modernas (vide mulheres que amam demais) e do envolvimento alheio, que acabam se privando de si mesmos. Escondem-se por trás de pré-conceitos criados por uma sociedade hipócrita, na qual só aquele que de forte se traveste é quem consegue ser feliz.
Todavia, me pergunto: que felicidade é essa? Um simulacro onde os jogos são mais importantes do que assumir as próprias emoções? Isso vale a pela?
Se o questionamento fosse feito a mim, diria com grande ênfase ou letras garrafais: NÃO VALE. Por isso falo tudo, sempre, sem titubear.
Ainda que, por vezes, tema estragar as coisas e pôr fim ao relacionamento, não consigo fingir que estou bem quando algo me machuca. Confesso que até tento não falar, porém, o esforço, em geral, é em vão. Acabo expondo tudo.
Como a verdade absoluta é inexistente, tendo a admitir que esta estratégia de vida tem muitas falhas. Não é fácil. A minha sorte é ter encontrado alguém capaz de suportar esse lado mais negro. Só não se sabe até quando. De qualquer forma, o importante é o que se vive e o que se aprende.
Descobri muito sobre mim mesma nestes meses de namoro. Constatei que sou MUITO (imensamente) mais carente do que supunha minha vã filosofia. Que ainda que sinta o amor do outro, isso não é o suficiente para você (mesma) se amar e que por mais feliz que seja com alguém, em algum momento, a depressão vai atingi-lo.
Contudo, espanto maior tive ao descobrir o quão sensível sou. Em outra palavras, a facilidade que as lágrimas têm de jorrarem por minha face (daria uma excelente protagonista de novela). Seja de alegria, de tristeza, de saudade, de presença, tudo me faz chorar. Assusta! É incrível, sobretudo, porque me considerava forte neste aspecto. Quase nunca, antes, chorava. Por desventura, quem mais sofre com isso é o meu amor, que traumatizado com os fatos, vive em estado de constante alerta.
Queria poder lhe mostrar mais claramente o que ocorre aqui dentro. Provar que o fato de minhas glândulas lacrimais estarem em pleno funcionamento não significa (necessariamente) erros de sua parte – ou mesmo da minha – e que buscar estar por perto não é sinônimo de anulação. Não há o que temer, eu também vivo sem você, só que ao seu lado é muito mais gostoso.
Ilustração: Moidsch
2 commentaires:
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Ilustradora do Daily Candy: http://www.sujeanrim.com/index_content.html
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