Como legitima integrante do mundo proletário que sou, disponho, em casa, apenas de um aparelho televisor. Assim sendo, e estando ele na sala de estar, fico sujeita a programação escolhida pela minha mãe. Que, por sinal, tem um péssimo gosto para seleção de canais. Antes que alguém julgue a ingratidão desta filha, exemplifico aqui algumas das aberrações que ela assiste, para que, quem sabe assim, alguém me dê razão (coisa, em geral, difícil de ocorrer).
Comecemos pelo “medalhão persa”: sim, aquele leilão de jóias e objetos bizarros de valores exorbitantes – claro que ela não compra nada, como disse, fazemos parte da parcela da sociedade que sobrevive de baixa renda –; na sequência colocaria o “Gugu” (que não merece uma palavra), aos domingos, por óbvio, e programas de auditório. Isso, sem falar nas novelas.
Foi assim que, ouvindo (sim, apenas escuto, pois fico a maior parte do tempo no quarto, longe da tevê) Caminho das Índias, incorporei alguns termos do vocabulário indiano. E agora, os compartilho aqui na formulação de algumas reflexões para a humanidade, no meu melhor momento de revolta existencial (que meu digníssimo chamaria de TPM).
Ser vítima do humor, nada ingênuo, da mãe da sua sogra, não é nada auspicioso. Sobretudo quando o responsável pelo vinculo de convivência acha engraçadíssimas as travessuras da vovó.
Baguan keliê, levar a vida a sério pode ser considerado o pior defeito que alguém é capaz de ter.
Participe:
Se você acha que o texto está inacabado, ligue: 0800 4004 100
Se considera o post de péssimo gosto, ligue: 0800 4004 101
E para aqueles que nem perderão tempo lendo, ligue: 0800 4004 102
Ilustração: Bebel Callage
Comecemos pelo “medalhão persa”: sim, aquele leilão de jóias e objetos bizarros de valores exorbitantes – claro que ela não compra nada, como disse, fazemos parte da parcela da sociedade que sobrevive de baixa renda –; na sequência colocaria o “Gugu” (que não merece uma palavra), aos domingos, por óbvio, e programas de auditório. Isso, sem falar nas novelas.
Foi assim que, ouvindo (sim, apenas escuto, pois fico a maior parte do tempo no quarto, longe da tevê) Caminho das Índias, incorporei alguns termos do vocabulário indiano. E agora, os compartilho aqui na formulação de algumas reflexões para a humanidade, no meu melhor momento de revolta existencial (que meu digníssimo chamaria de TPM).
Ser vítima do humor, nada ingênuo, da mãe da sua sogra, não é nada auspicioso. Sobretudo quando o responsável pelo vinculo de convivência acha engraçadíssimas as travessuras da vovó.
Baguan keliê, levar a vida a sério pode ser considerado o pior defeito que alguém é capaz de ter.
Participe:
Se você acha que o texto está inacabado, ligue: 0800 4004 100
Se considera o post de péssimo gosto, ligue: 0800 4004 101
E para aqueles que nem perderão tempo lendo, ligue: 0800 4004 102
Ilustração: Bebel Callage
10 commentaires:
hare baba, minha pobretona linda.
se eu conto pra alguém que tu tá prestes a se pegar no pau com uma véia de 80 anos, ninguém acredita... hesuaie.
é triste essa vida.
ah, eu liguei pro 0800 4004 101, mas ninguém atendeu.
puta falta de educação isso.
te amo mais do que a minha vó.
PS: correções ortográficas serão feitas pessoalmente. ;-)
quando a gente tá braba sempre consegue escrever algumas coisas boas hehehe.
te acalma-te (pra colocar o vale a pena ver de novo na roda)
besos
Muito inteligente e bem humorado, o texto.
Quanto à televisão, a programação, na maioria dos canais, é de dar mesmo nos nervos.
Abraços,
Daniel
Adorei o humor do texto.
desculpe a aausência estava sem computador
beijos ternos
Gente (casal mais fofo da net), fico super feliz com a visita de vocês. Estou um pouco sem tempo para retribuir as leituras, mas prometo visitá-los em breve. Super abração.
0800 4004 103. O texto está razoável.
Me parece que só opções desairosas porque a blogueira quer que tenhamos pena dela...
SE for isso, é péssimo.
Eu ia comentar, mas depois do comentário acima meu queixo caiu e fiquei sem palavras. Tem um número para eliminar o Zé Alfredo?!
beijos
PS: no meu blog tem uma lista sobre sapatos... preciso da tua opinião hahaha
Veja bem, Lidiana, sempre que eu estive visitando este blog, desde que o descobri (via Digiestivo Cultural como ela reconheceu tempos atrás) sempre procurei incentivar a blogueira e achei que ela tinha/tem talento.
Sendo assim, me sinto à vontade para dizer que ela não precisa apelar ao subterfúgio das opções desabonadoras como "participação" dos leitores do blog. Parece que ela apela à auto-comiseração, e ela não precisa disso.
A menos que seja alguma forma de ironia, mas aí eu não entendi, e em consequência não achei engraçado.
E também não estou aqui para fazer trolagem.
Muita calma nessa hora, pessoal. Eu explico tudo. O convite à participação, na verdade, foi apenas um incentivo para que meu namorado comentasse o post. Pois, tendo a avó envolvida no texto e acesso irrestrito ao blog, esperava que fosse ele o principal crítico do mesmo. Mas...realmente não fui muito feliz com a proposta. De qualquer forma, estou contente em receber a opinião de todos, seja ela favorável ou não às minhas escrivinhações. Abs a todos
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