Tenho sido relapsa com o cinema nos últimos tempos. Logo que vim para Porto Alegre, em 2003, era freqüentadora assídua de diversas salas. Hoje, se quer passo próximo a elas, tampouco loco DVDs. Dias difíceis e um pouco de preguiça são as justificativas. Por isso, demorei para assistir ao premiado filme dos irmãos Coen: No Country for Old Men.
Contudo, neste final de semana, a tarefa foi cumprida. Ao fim da projeção tive até uma agradável surpresa. Minha irmã gostou da película, mesmo sendo contrária a tudo o que foge do convencional-cinematográfico. Não ouvi nenhuma reclamação. E, temos que admitir, o desfecho é bastante incomum.
Palmas para ela e para os Coen, que conseguiram criar uma trama capaz de prender a atenção até dos mais chatos espectadores.
Apesar de toda a violência, a estória não é apresentada de uma forma pesada. Pois, a narrativa é repleta de humor. Um humor sutil, refinado ainda que simples. Contido, não somente, nos diálogos como na configuração das personagens. Ou alguém ousará discordar que o visual de Anton Chigurh (cabelo à la Beiçola – Grande Família) aliado aos trejeitos criados por Javier Bardem dão uma graça incomum ao temido matador? Basta lembrar as cenas em que, quando tenta extrair informações de alguém não disposto a colaborar, fica repetindo a pergunta com cara de poucos-amigos e dando uma nova entonação à cada frase. É hilário!
Mas ele não é o único, o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), sua mulher Loretta Bell (Tess Harper) e seu assistente também são figuras engraçadas. Isso sem falar nos diálogos do casal Moss, Llewelyn (Josh Brolin) – o texano que pega o dinheiro da malsucedida transação de drogas – e Carla Jean (Kelly Macdonald). Impossível ficar incólume a eles. Portanto, recomendo.
Llewelyn Moss – Se você continuar tagarelando te levo lá para os fundos e te como.
Carla Jean Moss – Só sabe falar!
Llewelyn – Continue e vai ver.
Carla Jean – Eu estou com um mau pressentimento.
Llewelyn – E eu com um bom, então zerou.
Llewelyn – Se eu não voltar, diga a minha mãe que a amo.
Carla Jean – Sua mãe está morta. Llewelyn – Então eu mesmo digo
Loretta Bell – Tenha cuidado!
Ed – Sempre tenho.
Loretta – Não se machuque
Ed – Nunca me machuco.
Loretta – Não machuque ninguém.
Ed – (risos) você manda.
Contudo, neste final de semana, a tarefa foi cumprida. Ao fim da projeção tive até uma agradável surpresa. Minha irmã gostou da película, mesmo sendo contrária a tudo o que foge do convencional-cinematográfico. Não ouvi nenhuma reclamação. E, temos que admitir, o desfecho é bastante incomum.
Palmas para ela e para os Coen, que conseguiram criar uma trama capaz de prender a atenção até dos mais chatos espectadores.
Apesar de toda a violência, a estória não é apresentada de uma forma pesada. Pois, a narrativa é repleta de humor. Um humor sutil, refinado ainda que simples. Contido, não somente, nos diálogos como na configuração das personagens. Ou alguém ousará discordar que o visual de Anton Chigurh (cabelo à la Beiçola – Grande Família) aliado aos trejeitos criados por Javier Bardem dão uma graça incomum ao temido matador? Basta lembrar as cenas em que, quando tenta extrair informações de alguém não disposto a colaborar, fica repetindo a pergunta com cara de poucos-amigos e dando uma nova entonação à cada frase. É hilário!
Mas ele não é o único, o xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), sua mulher Loretta Bell (Tess Harper) e seu assistente também são figuras engraçadas. Isso sem falar nos diálogos do casal Moss, Llewelyn (Josh Brolin) – o texano que pega o dinheiro da malsucedida transação de drogas – e Carla Jean (Kelly Macdonald). Impossível ficar incólume a eles. Portanto, recomendo.
Llewelyn Moss – Se você continuar tagarelando te levo lá para os fundos e te como.
Carla Jean Moss – Só sabe falar!
Llewelyn – Continue e vai ver.
Carla Jean – Eu estou com um mau pressentimento.
Llewelyn – E eu com um bom, então zerou.
Llewelyn – Se eu não voltar, diga a minha mãe que a amo.
Carla Jean – Sua mãe está morta. Llewelyn – Então eu mesmo digo
Loretta Bell – Tenha cuidado!
Ed – Sempre tenho.
Loretta – Não se machuque
Ed – Nunca me machuco.
Loretta – Não machuque ninguém.
Ed – (risos) você manda.
13 commentaires:
Texto muito bom. Ainda não assisti ao filme,tb tenho sido relapso com o cinema, mas fiquei com vontade. Li algo seu falando de sua vida de blogueira no digestivo cultural e confesso que me sinto da mesmíssima maneira.
Bem, vim até aqui e gostei do seu espaço íntimo. Pretendo voltar.
Abraço,
Daniel.
Bom dia,Ingrid!
me senti em falta contigo ao ler no Digestivo que tem poucos leitores no seu blog.
Procuro ler sempre seu blog mas não deixo recado.
Ao ler,sinto uma lufada de vento fresco,aprecio muito o que vc escreve!
Um abraço,luz e paz para vc!
Daniel e Artesã de sonhos, 'brigadão pela visita, pelos elogios e comentários. Fico super feliz que tenham gostado do blog. Voltem sempre que quiserem e não esqueçam de deixar seus endereços para que eu também possa conhecer o que vocês escrevem. Super abraços. Valeu pelo carinho.
Grande filme, belo texto. Lerei o livro, há muito quero conhecer esse universo caótico, verossímil e ao mesmo tempo improvável dos anti-faroeste que o sr, Cormac Mcarthy escreve. Parabéns pelo blog. Curioso, vejo "Lecture de la semaine: tô decidido ainda." lá perdido no sidebar.
Lá no meu blog, tem uma lista da Entertainment Weekely onde o sr. Mcarthy aparece como 'o melhor livro dos últimos 20 anos', junto de uma porrada de gente legal. Talvez, sirva como dica ou guia.
Conquistou mais um leitor, viu?
Abraço!
Olá Fernando, brigadão pela visita, comentário e dica. Prometo retribuir a visita em breve (só passei rapidamente por seus blogs, mas quero ler com calma, antes de comentar). Quanto ao Lecture de la semaine, na verdade eu tenho uma grande lista de pretensões (adicionarei Mcarthy a ela), o problema é decidir entre tantos. Preciso me organizar melhor e colocar a leitura em dia, por enquanto tenho me dedicado aos “xerox” da pós.
Grande abraço.
Ótimo texto, assistirei ao filme, pois, embora não seja fã de filmes violentos, pelos trechos que escolheu, o filme parece ter um humor refinado.
(Pegunta a parte: Você fez francês? Sou formada em língua francesa)
Beijos
Marcia
Ganhei... tô mais atrasada do que tu em relação a cinema!
Não vi este ainda!
Ingrid, agradeço a sua visita. Quanto à capa do meu livro, ela tb é a capa de um disco do Jefferson Airplane. Tirei de lá. Mas eles, por sua vez, tiraram de um quadro, agora não me lembro de quem. Sobre o título, meio longo, né? é do Assim falava Zarathustra, do Nietzche. A capa surrealista tem um pouco a ver com o conteúdo. Quer unir o mágico e o cotidiano. As pessoas mais sensíveis, às vezes, percebem o milagre em coisas simples, eles estão escondidos com a capa do cotidiano, os milagres.
Quanto ao 21, eu tinha um outro blog chamado só pianista boxeador, mas não deu certo. Coloquei o número neste pra ver se melhorava a sorte.
Acho que é isso,
Abração,
Daniel
Ingrid,
muito obrigada pelo retorno. Espero que volte mais vezes. Sobre as telas, embora não pareça, eu tbém escolho posteriormente, o que acontece é que algumas vezes, mudo uma frase ou outra.
Beijos
Marcia
Linquei vc no meu blog, assim que tiver coisa nova. Venho dar uma olhada.
Abraço,
Daniel
É só pra desejar um bom fim de semana. E dizer que já linquei vc no meu blog.
Oi, Ingrid,
Vim das bandas do Digestivo também.
Seu blog é massa, viu!
Nem vou comentar o texto porque (que vexame!) faz muito tempo que não sei o que é uma sala de cinema. rs
Um beijo
Oi, Ingrid,
Sou eu quem agradeço pela visita. Seja muito bem-vinda!
Bem, sou Dri, Annah, ops!, Hanna, Adriana... Ou seja, Adriana Hanna. Ou Annah, se preferir. :))
Ai, Ingrid, no meu caso, estou em falta com a sétima arte, com a literatura etc. etc. etc.
Preguiça danada que encostou em mim, sabe? Não consigo sair sequer do décimo capítulo do livro que está abandonadinho, coitado, na cabeceira, rs.
Abraço e um bom domingão.
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