dimanche 24 octobre 2010

Obsessão


Eu juro, juro por Deus, que seria capaz de assistir mil vezes – mil vezes sem parar – ao filme Antes do Amanhecer. Devia ter uns 14 ou 15 anos quando o vi pela primeira vez e desde então ele nunca mais saiu da minha cabeça.
Como não sou do tipo que decora diálogos ou coisas assim, não sou capaz de reproduzir nenhuma parte dessa grande obra, mas me encantei por cada olhar, cada diálogo, cada locação e trilha daquela película que tinha tudo para ser um desastre. Afinal, uma produção cinematográfica que se baseia apenas no diálogo entre duas pessoas não parece exatamente a coisa mais charmosa do mundo para um adolescente. Mas foi pra mim e, acredito, para muita gente.
Por isso, sempre que descubro que ele está passando na tevê, não importa em que parte esteja, nem se ele foi dublado ou não, eu paro para olhar.
O mais engraçado é que sinto sempre a mesma sensação e desejo de que aquilo pudesse realmente acontecer. A única diferença é que hoje em dia eu não tenho a menor pretensão ou vontade de me deparar com um Ethan Hawke em um trem – ou ônibus – qualquer, pois, meu namorado lindo-gostoso-tudo-de-bom vale muito mais do que qualquer um e a nossa história é muito mais fofa. 


Ilustração: Bebel Callage

mercredi 20 octobre 2010

Quem imita quem (parte II)

Apesar de não entrar aqui, há séculos, venho trabalhando (isso não é mania de gerúndio, eu realmente estava empenhada) neste post há meses. A questão é que eu sempre usei o paint e estava querendo sair da pré-história, ainda que para chegar na pós-modernidade o caminho seja longo demais. Então, acabei atrasando mais do que deveria este post que era para estar pronto em agosto. Sim, AGOSTO, quando as marcas de roupas e calçados começaram a publicar nos sites e revistas suas novas coleções do verão brazuca.
Quem freqüenta o Arquivos de gaveta (tá, eu sei que não tenho leitores, mas a pessoa pode se enganar, não?) sabe que no verão passado eu postei um "jogo dos sete erros" com Via Uno e a Datelli. Para minha surpresa a coisa se repetiu neste ano. Eu sei, basta sair nas ruas e ver um monte de sapatos iguais de marcas diferentes. Chinelinhos e melissas são as mais copiadas, mas quando marcas que supostamente deveriam ter um diferencial começam a fazer tudo igual chega a dar uma depressão. Tá, pensando de uma forma Pollyana, pode ser que alguém se alegre de ver sua sandália favorita com diversos valores. Mas, não me pergunte preços, esse trabalho eu não tive. Lembrem-se, eu tava tentando aprender a usar o PHOTOSHOP, gente! Descobrindo a varinha mágica, utilizando a borrachinha, colocando fundos coloridos, etc... O resultado não ficou tão bom quanto eu queria, pois de nada adiantou eu usar tudo aquilo para usar fundo branco. O problema é que não estava me acertando muito bem com as cores. De qualquer forma, o que vale é a informação. Com  o tempo eu aprendo a fazer "super-produções-photoshopianas".