jeudi 31 juillet 2008

Verdades e mentiras (Perto demais!)

Closer é muito mais do que um filme sobre relacionamentos amorosos. Sua essência está na relação entre verdades e mentiras. Uma analogia da vida como um todo: o que omitimos e o que revelamos; conseqüência da escolha por se entregar ou se preservar.
Um revirar de vísceras ou soco no estomago contido em cada pequena frase ou nos grandes diálogos, ainda que antagônico, capaz de trazer alívio. Você sente tudo. Cada palavra que ganha vida na atuação dos atores passa por um processo de identificação. Você ri, você sofre, você ama e odeia com a mesma intensidade, não se pode fugir da projeção.
Por tudo isso e, também, porque o canal People & Arts acabou de “passá-lo” (eu perdi a transmissão da Globo, no início da semana) e não há como ficar inerte a ele, publicarei aqui minhas falas favoritas. Sendo as palavras o principal foco disso, me abstenho da tarefa de transcrever o contexto em que elas ocorreram. Espero que gostem.


Larry: O livro é sobre você?
Alice: É sobre parte de mim.
Larry: E que parte ele deixou de fora?
Alice: A verdade.


Alice: Posso te ver? Responde! Eu posso te ver?
Dan: Não posso. Se te ver, nunca vou te deixar!
Alice: E se eu achar outro?
Dan: Vou ficar com ciúmes.

Alice: Você me amou?
Dan: Eu sempre vou te amar. Odeio te magoar.
Alice: E por que está magoando?
Dan: Porque eu sou egoísta e acho que vou ser mais feliz com ela.
Alice: Não vai. Vai sentir a minha falta. Ninguém vai te amar como eu.
Dan: Eu sei.

Alice: Eu te amo! Por que o amor não é o bastante?
Alice: Eu te divirto, mas te canso.
Dan: Não!

Alice: Você ainda gosta de mim?
Dan: Claro!
Alice: Você está mentindo... Eu já estive no seu lugar...
Alice: Me abraça.

Larry: Eu sei quem você é. Eu te amo. Eu amo tudo que dói em você.
Larry: Vamos comigo até o meu apartamento.
Alice: Eu não sou prostituta.
Larry: Eu não pagaria.

Alice: Mentir é a coisa mais divertida que uma garota pode fazer sem ter que tirar a roupa. Mas é melhor se tirar.


Alice: Onde está esse amor? Eu não posso vê-lo, eu não posso tocá-lo, eu não posso senti-lo. Eu só posso ouvi-lo. Eu posso ouvir algumas poucas palavras, mas não posso fazer nada com suas palavras fáceis.

Alice: Não quero mentir e não posso contar a verdade, então está tudo acabado.
Dan: Não importa. Eu te amo. Nada disso importa.
Alice: Tarde demais. Eu não te amo mais, adeus.


"Ela tem a beleza imbecil da juventude, mas é esperta" (Larry).
"O que há de tão legal na verdade? Tente mentir pra variar" (Dan).
"Agora some daqui e morra"



OBS: Só consegui anotar algumas frases enquanto assistia ao filme. Então, para deixar mais completo os diálogos aqui, tive a ajudinha deste site: 12º dimensão. Não custa nada creditar, não é?!

6 commentaires:

Anonyme a dit…

Meninaaaa
Arrasou esse post !
Eu amo closer ....
Assisto assim sempre que posso comprei o dvd pra nao ficar dependendo da tv ... pq esse filme ... quanto mais vc assiste mais vc gosta !!!


Valew adorei ....
Bjus
Se cuida !

Ingrid Guerra a dit…

Hello, stranger!* Fico (tri) feliz que tenha gostado. Brigadão pelo comentário. Volte sempre!

P.S.: Como você não assinou o comentário, acho que a "alcunha" se encaixa (mais do que) perfeitamnente aqui. Abs.

Anonyme a dit…

Ingrid, topei em você por meio do Digestivo Cultural. Fiquei curiosa em checar a autoria do trecho de texto tão bem escrito. E voilá.
Parabéns, sua praia é linda, e é assim mesmo (me vi repetindo suas frases: é meu, minha garrafa jogada ao mar - mas mesmo assim gostaria que outros me lessem).
Qto. à Close: uma das cenas mais lindas da história do cinema - quando, ao som do que eu acho ser Cosi fan tutte, de Mozart, os dois personagens masculinos ficam trocando mensagens super sexies, achando, um deles achando que o outro é mulher. Parecia aquelas "marivaudages" do século XVIII, puro baile de máscaras.
Parabéns, Eugenia Zerbini.

Ingrid Guerra a dit…

Nossa, que honra receber a ilustre visita e os elogios de uma vencedora do Prêmio SESC de literatura. Fiquei super feliz. "Brigadão pelo comentário, Eugênia. Ganhei meu dia, de verdade! Mas, também, adquiri um dúvida: o que seriam exatamente "marivaudages"? Meu (micro)dicionário de francês é tosco e, claro, não traz este vocábulo. Se você voltar por aqui e puder esclarecer-me, ficarei (imensamente) grata. Grande abraço.

Anonyme a dit…

Querida,
as referências do blog são em francês e por isso imaginei... enfim, a raiz da palavra é Marivaux, escritor e teatrólogo francês, do século XVIII. Suas peças eram agéis, e, em um piscar de olhos , a marquesa descobria que não era filha do marquês, mas do camponês, que tinha se apaixonado pela mãe e, em um baile de fantasias tinha entrado por acaso no castelo, se escondido debaixo dos lençóis, passado pela irmã etc.
Esse entra e sai, muito rápido, amante escondido debaixo da cama, esses mal-entendidos, em virtude de Marivaux, que os explorou a exaustão, dá-se o nome de marivaudage.
Ça y est.
Eugenia.

Lidiana de Moraes a dit…

Tá podendo hein amiga?
Esse filme me deixa nervosa!!!